Os vendedores de açai e a batida do MP

by O Boca de Jambu

Vendedores de açaí na mira da justiça. Ao longo da semana passada, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) – por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nucon) em conjunto com a Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA) e Secretaria Estadual de Saúde do Pará (SESPA) – promoveu operação de fiscalização nos estabelecimentos de venda de açaí na capital.

A ação foi desenvolvida nos bairros Condor, Guamá, Cremação, Jurunas, Canudos, Terra Firme e Tenoné, com intuito de impedir o funcionamento de pontos que estejam em desacordo com as normas sanitárias nos processos que envolvem a comercialização do fruto.

Durante os 5 dias de operação, 27 estabelecimentos foram fiscalizados. Destes, 17 foram interditados e outros 10 notificados por irregularidades referentes à comercialização inadequada do açaí.

Durante o procedimento, um comerciante foi preso em flagrante pela Polícia Civil, pelo crime de desobediência. O estabelecimento havia recebido notificação e interdição na última segunda-feira (3), após ter uma amostra de seu produto enviada para análise no Laboratório Central do Estado (Lacen-PA).

O resultado apontou a presença de celulose no açaí comercializado pelo estabelecimento, indicando adulteração com papel. Entretanto, o estabelecimento foi reaberto ilegalmente pelo comerciante, que manteve a casa em funcionamento sem licença da prefeitura. A ação conjunta de fiscalização ocorre anualmente, e também é de grande importância para o combate à doença de Chagas.

A infecção ocorre principalmente por meio de alimentos contaminados pelo protozoário Trypanosoma cruzi, presente nas fezes do inseto barbeiro – que pode se misturar aos caroços de açaí caso o procedimento de higienização do fruto não seja realizado corretamente.

Apenas no ano de 2024, a doença de Chagas atingiu 29 pessoas no município de Belém. 

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