Na Fundação Cultural do Pará continua a dobradinha entre o presidente, Thiago Miranda, filho do prefeito de Marabá, Tião Miranda, e o ex-presidente, o “guloso” Guilherme Relvas. Quando um não pode o outro assina. Tanto isso é verdade que recentemente Relvas, que está fazendo as vezes de vice presidente da Fundação, chancelou mais um contrato faraônico com a empresa Palmieri Livraria Amazônica para aquisição de livros impressos. O valor do negócio, caros leitores, é de R$ 3.499.856,00 (três milhões quatrocentos e noventa e nove mil e oitocentos e cinqüenta e seis reais). Tudo nas barbas do Ministério Público.
Diga-se de passagem que não é de hoje que O Antagônico vem denunciando a farra milionária patrocinada pela FCP, tendo como beneficiária a Palmieri. A última “pérola” foi publicada no DOE em janeiro deste ano. Trata-se de dois contratos firmados com a empresa Palmieri Livraria Amazônica, para “aquisição de livros impressos”. A empresa tem sede em Belém, na Rua do Una, n.º 202, Sala A, no bairro do Telegrafo sem Fio. O primeiro contrato tem o valor de R$ 354 mil reais. O que chama a atenção e salta aos olhos é o valor do segundo contrato: incríveis: R$ 4.552.892,80 (quatro milhões, quinhentos e cinquenta e dois mil, oitocentos e noventa e dois reais e oitenta centavos.
Importante ressaltar que o apagar das luzes de 2022, a Palmieri Livraria Amazônica já havia ganho do governo estadual dois contratos de R$ 2,4 milhões cada. Os dois contratos mais recentes foram assinados por Paulo César Mendes de Abreu Palmieri. Um fator que também chama a atenção é que , apesar de abocanhar contratos milionários com o governo, a Palmieri tem um capital social de apenas R$ 25 mil reais.
O mais grave vem agora. No ano passado, esta mesma empresa Palmieri firmou contrato com o governo do estado, no valor de R$ 190 mil reais, cujo objeto foi a aquisição de livros impressos. À época, quem assinou o contrato como representante da Palmieri foi Rafaela Abreu Palmieri. E é ai que está a cereja do bolo: O Diário Oficial de terça-feira, 07, traz a portaria de nomeação de Rafaela Palmieri para o cargo de “gerente de grupos técnicos”, com lotação no hospital Gaspar Viana. Ou seja, é a raposa vigiando o galinheiro.
Em buscas na internet, Rafaela Palmieri, a mesma que assinou contrato da Palmieri com a Fundação Cultural, aparece como assessora de imprensa da Pró- Saúde, batendo ponto no hospital estadual Galileu Galilei. Na prática, Rafaela, graduada em jornalismo, independente da Palmieri, tinha contrato com o governo e, ao mesmo tempo, era contratada de uma OS, a Pró-Saúde, que geria hospitais do governo. Trocando em miúdos, ela vendia e comia o frango. E tem mais. Rafaela é namorada de Leonardo Nunes, lotado na assessoria de imprensa do governo do Pará.
